terça-feira, 24 de maio de 2011

Oscar Wilde Dixit.

“Escolho os meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. 
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. 
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. 
Fico com aqueles que fazem de mim um louco e um santo. 
Deles não quero resposta, quero o meu avesso. 
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. 
Para isso, só sendo louco. 
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. 
Escolho os meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. 
Não quero só o ombro e o colo, quero também a sua maior alegria. 
O Amigo que não ri juntamente conosco, não sabe sofrer juntamente conosco. 
Os meus amigos são todos assim: metade tolice, metade seriedade. 
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. 
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade a sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. 
Não quero amigos adultos nem chatos. 
Quero-os metade de infância e outra metade de velhice! 
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. 
Tenho amigos para saber quem eu sou. 
Pois vendo-os loucos e santos, tolos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.”




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